sábado, 2 de agosto de 2014

CARACOL ESTRANGEIRO CAUSA ESTRAGOS

Achatina fulica 
Nos últimos anos, houve um aumento em casos de meningite transmitidos por um caracol alóctone. Alóctone porque é africano, ou seja, de outro lugar. Esse animal carrega um inquilino nada amistoso: um parasita que pode infectar os seres humanos. Porém, antes disso, esse pequeno bastardo passa por dentro de ratazanas. Esses animais que hospedam o molusco são chamados de vetores. A ingestão do caracol ou do seu muco pode fazer de uma pessoa o seu hospedeiro final. Percebe-se que infecções, provavelmente, estão correlacionadas com falta de infraestrutura básica, um drama ainda no nosso país cada vez mais "rico".
A introdução de espécies exóticas, tal como o caramujo africano, pode ter um efeito deletério. Com o aumento da intensidade da troca de produtos e serviços entre os países, proporcionado pela globalização, introduções indesejáveis são rotina. Porém, geralmente, não temos essa percepção, pois os efeitos atuam sobre outros animais e sobre as plantas. Quando a coisa afeta os animais pensantes, a divulgação é feita. Há uma discussão intensa sobre as introduções no mundo todo. Danos aos ecossistemas e, consequentemente, às finanças de países são grandes. Essas interações entre espécies são um exemplo do que Darwin chamou de "sobrevivência do mais apto". Só que os mais aptos a viver nos ecossistemas de origem são os nativos. Os organismos introduzidos evoluíram em outro lugar. Mas, e se pensarmos o planeta como um só lugar? O fato é que se o homem não se encarregasse de ligar todas as partes do globo, os organismos permaneceriam em evolução constante e lenta nos seus próprios ecossistemas. Esse novo cenário natural é ruim? Quando o impacto de um organismo alóctone é significativamente negativo? Quando afeta a economia?

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